Pular para o conteúdo principal

Como as coisas são X Como elas deveriam ser

como as coisas deveriam ser são
Na história de Harry Potter, o Espelho de Ojesed mostra o maior desejo da pessoa que o olha. O personagem Alvo Dumbledore disse algo parecido com: "O homem mais feliz do mundo olharia para o Espelho e veria a si mesmo exatamente como é." E você? O que visualizaria se olhasse para o espelho?

Não é difícil nos perceber em um momento de vida em que ficamos pensando sobre como as coisas deveriam ser. E sempre o que evoca essa confabulação é quando nos deparamos com como as coisas são no presente.
Se você pensa em como as coisas deveriam ser com frequência, é importante parar para refletir sobre como está sua vida. Provavelmente, você não está satisfeito com ela, e algumas mudanças partindo de você mesmo, podem trazer muitos benefícios como saúde mental e bem-estar — e também felicidade!
Neste artigo faremos uma breve reflexão sobre o tema, com o intuito de ajudar a você saber o que fazer quando se depara em um momento como esse. Afinal, se você os tem, mas não faz nada a respeito do que te incomoda, eles continuarão se repetindo e você continuará se sentindo mal sobre eles.

Como as coisas são para você?

Como as coisas são é a parte principal da reflexão que você deve fazer.
Ampliar a consciência acerca de sua vida é fundamental para você conseguir lidar melhor com o que acontece neste momento.
Ao mesmo tempo que ampliar a consciência — ou seja, conhecer profundamente o seu momento de vida atual  pode ser a salvação, ou pode ser o principal problema. Por que? Ampliar a consciência não é tarefa fácil se você estiver fazendo isso sozinho e sem apoio.
É por isso que fazer psicoterapia é tão valioso para transformar vidas. Nela, a relação de diálogo com o psicoterapeuta é essencial para ampliar a consciência. E o psicoterapeuta dá o apoio necessário para a pessoa desenvolver o seu próprio apoio — é o que chamamos de auto-suporte.
Você precisa perceber o seu momento presente de vida, para ficar melhor com ele. E também para saber o que fazer para mudar algum aspecto que você deseja.

Como as coisas deveriam ser?

Primeiramente, é preciso ressaltar que existe um equívoco na forma de dizer “como as coisas deveriam ser”. O tempo futuro do pretérito em que está o verbo “dever” na frase pode atrapalhar um pouco.
Os Gestalt-terapeutas como eu, estudam Semântica Geral. Nela aprendemos que simplesmente a forma de descrevemos nossas experiências, influencia em como nós nos sentimos e equilibramos nossas emoções — e equilibrar-se também influenciará na forma que você descreve suas experiências. Isso quer dizer que mudar a forma que você fala pode ser útil para te ajudar.
Em vez de dizer: “as coisas deveriam ser assim”, faça um esforço e diga: “quero que as coisas sejam assim”. Dessa forma você focaliza o seu desejo, e se coloca com maior responsabilidade perante o problema.
Experimente da próxima vez falar “quero” em vez de “deveria”. Você sentirá como é diferente.

Ideal X Possível

Devemos falar sobre outro ponto importante. Muitas vezes o nosso desejo vai em direção ao que é ideal, mas não é o possível.
Quando pensar em como as coisas deveriam ser, tente fazer uma reflexão sobre o que é possível em relação àquilo.
Provavelmente o que você pensa primeiramente é o ideal. Mas dificilmente o ideal será o mesmo que o possível.
Por exemplo, alguns clientes quando falam sobre relacionamento familiar com a mãe ou o pai, tem um ideal de mudança em mente. Não há nada de mal nisso, todos nós temos um ideal em mente para como as pessoas deveriam ser.
Entretanto, dificilmente este ideal é alcançável tendo em vista como as coisas estão no presente. Portanto, o mais útil a se fazer neste momento é pensar o que é possível de se mudar neste relacionamento. Por mais simplório que possa parecer o possível, já é uma grande vitória se ele se concretizar! O possível já será diferente da situação atual que está ruim, concorda?
Portanto, pense que dificilmente uma mudança alcançará o ideal, e tente trabalhar com o que é possível para você. Dessa forma as mudanças de vida se tornam muito mais tangíveis e prováveis.

Achou este artigo útil? Compartilhe-o com aquele amigo ou amiga que possa fazer bom proveito dele!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Psicólogo é para doido? Resposta definitiva

A série de TV  Community, retrata de forma cômica e caricata como todos temos peculiaridades e "traços de loucura". Afinal, psicólogo é para doido? A resposta simples é: depende! É uma pergunta que tem resposta sim, mas precisamos entender a pergunta para respondê-la. Primeiro, o que você está chamando de doido? Se existem doidos, existem pessoas normais? Supostamente sim, certo? Se tem gente doida, também tem gente não-doida, que é o que no senso comum dizemos que são pessoas “normais”. Se você chama de doido aquelas pessoas que precisam de cuidados especiais no quesito saúde mental, então você está se referindo às pessoas com transtornos mentais e com sintomas psicóticos. Psicólogos também tratam e ajudam essas pessoas. Então, olhando por este lado, psicólogo é para doido sim. Mas a resposta mais adequada é: psicólogo é para doido também ! O também é explicado pelo fato de psicólogos terem condições de ajudar (e muito) pessoas que não sofrem de transtornos

Auto-suporte

O assunto de hoje é auto-suporte (ou auto-apoio). Escolhi este tema devido a uma reflexão pessoal à qual a prática clínica tem constantemente me levado nos últimos anos. Não sei se é um sintoma da nossa sociedade contemporânea, mas tenho visto com muita frequência uma dificuldade geral das pessoas em suportar-se a si mesma (o pleonasmo é intencional), e tendendo a buscar apoio externamente; no meio, ou no outro. E neste contexto, a palavra suporte refere-se desde o aspecto emocional – buscar desfazer-se da dependência emocional do outro – até aspectos objetivos – mobilizar a energia necessária para correr atrás de seus objetivos de vida por conta própria. Tenho visto, a cada dia, as pessoas buscando apoio no outro de forma exagerada, de modo a delegar ao outro a responsabilidade de fornecer as ferramentas necessárias para seu crescimento. Isso acontece, principalmente, devido ao modo como lidamos com nossas frustrações. Um exemplo comum, utilizado por Perls (1977), refere-se a um

Como seriam os psicólogos no mundo de Harry Potter?

Nós, psicólogos do Janela Interna, somos fãs da série e do mundo Harry Potter, a prova disto está no tema deste artigo. 😊 Resolvemos nos aventurar um pouco na fantasia e analisar como seriam os psicólogos no mundo bruxo. Vamos contar a você o que imaginamos neste artigo. A profissão teria o mesmo nome no mundo bruxo? Sabemos que algumas profissões só existem no mundo bruxo, como é o caso dos aurores, dos obliviadores e dos fabricantes de varinhas. Mas outras são comuns aos mundos trouxa e bruxo. Posso citar como exemplo a profissão de professor, de enfermeira(o) (Madame Promfrey, para representar) e de jornalista. Por outro lado, há uma profissão que tem o mesmo objetivo tanto no mundo trouxa quanto no bruxo, porém os conhecimentos para cada uma e os nomes são diferentes. É a profissão de Curandeiro, que equivale à profissão de Médico. É provável que a profissão de psicólogo leve um nome distinto no mundo bruxo, pois é um caso semelhante ao dos Médicos e Curandeiro